• ter. out 15th, 2024
0 0
Read Time:2 Minute, 21 Second

Certamente você ouviu de algum conhecido que musculação é coisa de jovem!

Hoje sabemos que a SARCOPENIA (processo natural e progressivo de perda de massa muscular e função muscular que acontece no envelhecimento) é um importante preditor de taxa de mortalidade na população idosa, o que contradiz essa afirmação.

A SARCOPENIA é a causa mais importante relacionada ao declínio funcional e perda da independência no adulto geriátrico. E quais as causas que levam a sarcopenia? A SARCOPENIA é uma alteração multifatorial está envolvida com alterações hormonais, declínio neurológico, ativação de vias inflamatórias, doenças crônicas, infiltração gordurosa – aumento da gordura corporal, deficiência nutricional, todos esses são fatores que contribuem para a SARCOPENIA.Estima-se que a SARCOPENIA já se inicia à partir dos 40 anos e aos 60 anos já perdemos em média 50% a mais de massa muscular.

Então vamos lá, um estudo realizado no Brazil na Universidade de São Paulo buscava avaliar os efeitos da sarcopenia, tecido adiposo subcutâneo e da gordura visceral no risco de mortalidade em uma comunidade de adultos idosos, foram reunidos 839 pacientes (62% mulheres e 38% homens) com mais ou 65 anos, para determinar composição corporal desses pacientes foram submetidos a exames de imagem, de laboratório e questionário baseado em dados clínicos. 
A sarcopenia foi definida como baixa massa muscular em membros inferiores ajustado para a gordura corporal. 

Seguidos por uma media de 4 anos, 15.7% dos pacientes evoluiu a óbito. Nos homens os fatores como sarcopenia, gordura visceral e índice de massa gorda ambos aumentaram o risco cardiovascular, já nas mulheres a sarcopenia por si só pode ser considerada o maior preditor de todas as causas de óbito bem como doenças cardiovasculares. 

Então senhores a SARCOPENIA e OBESIDADE é sim problema de idoso e são responsáveis pelo aumento do risco cardiovascular desses pacientes de acordo com as diferenças entre sexo. 

E então quais seriam as dicas para driblar essas alterações?

Além do seguimento e acompanhamento multidisciplinar coordenado por um médico que entende do assunto é importante avaliar alimentação e suplementação nutricional, perfil hormonal bem como controle das doenças crônicas. 

Das dicas de ouro: alimentação saudável e balanceada, refeições ricas em vegetais, legumes e proteínas são necessárias. Além disso manutenção de atividades básicas, mesmo que dentro de casa caminhadas acompanhadas e assistidas são de grande valia uma vez que vão ajudar a movimentar e estimular o funcionamento muscular. Quando possível os exercícios resistidos (musculação) devem ser a escolha desde que bem orientados.

References:
[1] Thibault R, Pichard C. Ann Nutr Metab 2012.
[2] M Zamboni, G Mazzali, E Zoico, et al. International Journal of Obesity 2005.
[3] Yves Rolland, Adeline Gallini, Christelle Cristini, et al. Am J Clin Nutr 2014. DOI: 10.1136/annrheumdis-2017-eular.2224
[4] Jeremy D. Walston. Curr Opin Rheumatol. 2012 Nov; 24(6): 623–627. doi: 10.1097/BOR.0b013e328358d59b.

Happy
Happy
0 %
Sad
Sad
0 %
Excited
Excited
0 %
Sleepy
Sleepy
0 %
Angry
Angry
0 %
Surprise
Surprise
0 %

Average Rating

5 Star
0%
4 Star
0%
3 Star
0%
2 Star
0%
1 Star
0%

Deixe um comentário