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Conselho Deliberativo da Apea convoca todos os 145 sócios proprietários para definir o futuro do clube em Presidente Prudente

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‘Não temos nenhum corajoso para formar uma diretoria’, disse ao g1 nesta quarta-feira (21) o conselheiro mais antigo da Prudentina, Jaime Trevisan. Assembleia está marcada para 3 de julho.

O Conselho Deliberativo da Associação Prudentina de Esportes Atléticos (Apea) convocou todos os 145 sócios proprietários para uma Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 3 de julho, em Presidente Prudente (SP), com os objetivos de definir uma nova Diretoria Executiva do clube e eleger os ocupantes dos cargos de presidente e vice-presidente. A convocação foi assinada pelo bancário aposentado Jaime Trevisan, que é o conselheiro ativo mais antigo da Prudentina.

Em conversa com a reportagem do g1, na tarde desta quarta-feira (21), Trevisan explicou sobre a importância da assembleia e mencionou a dificuldade econômica que a Apea enfrenta.

“Nós não temos nenhum corajoso para formar uma diretoria. Todo mundo não quer responsabilidade. Então, estamos neste dilema. Agora eu chamei uma Assembleia Geral Extraordinária, com todos os sócios proprietários, sócios titulares, nós somos em 145 sócios proprietários, para o dia 3 de julho, para ver se até lá nós conseguimos formar uma chapa para a Diretoria Executiva e três membros, que são presidente, vice-presidente e secretário do Conselho Deliberativo. Eu preciso de 13 elementos”, argumentou Trevisan.

A primeira convocação da assembleia, que deve ser iniciada às 18h, precisa contar com a presença de pelo menos dois terços dos associados, ou seja, 96 proprietários, habilitados. Se os integrantes não comparecerem, ou seja, se não houver quórum, haverá uma segunda convocação, às 18h30, com “qualquer número de associados proprietários presentes”.

Caso não existam interessados para os cargos da eleição e da posse da Diretoria Executiva, Trevisan mencionou ao g1 que a alternativa será “formar uma junta de seis elementos para tocar o clube, porque não tem outra saída”.

De acordo com o edital de convocação, esta junta de intervenção deverá ser “composta por sócios proprietários, que assumirão a direção do clube até a eleição do Conselho Deliberativo e da Diretoria Executiva”.

“No entanto, a intervenção não poderá exceder o prazo máximo e inalterável de 12 meses”, complementa o documento.

A assembleia dos sócios proprietários da Apea também irá discutir os seguintes assuntos:

autorizar ou não que o clube faça a locação mensal e por longo prazo para terceiros dos salões sociais e do espaço em que funcionava o balé e outros espaços e áreas edificadas existentes no clube, buscando novas rendas e receitas para a manutenção do clube; e
autorização plena e geral para que sejam tomadas as providências para reduzir os custos de manutenção do clube, inclusive o aterramento da piscina.
Dificuldade financeira
Sobre os problemas econômicos enfrentados pela Apea, Trevisan acrescentou ao g1 que o clube tem uma despesa de estrutura que se equivale ao valor da mensalidade de quatro mil sócios, no entanto, possui apenas pouco mais de 300 pagantes mensais.

“O clube tem uma estrutura para quatro mil associados, a despesa é de quatro mil associados, e nós estamos com 300 e poucos associados pagantes, então, não tem 10% do que é o limite máximo. Já chegou aos quatro mil sócios a Apea e hoje está com 300 e poucos, incluindo os sócios usuários, individual e casal, porque nem todos estes sócios usuários pagam a mensalidade que o proprietário paga”, ressaltou.
Segundo o conselheiro, que é ativo desde 1995 no clube, “a receita é pequena para o tamanho do gasto mensal e não é fácil, a conta não fecha”.

Renúncia coletiva
Em maio deste ano, os então presidente e demais membros da diretoria da Apea renunciaram aos cargos do clube mais antigo em atividade em Presidente Prudente, sob alegação de não terem mais condições de dirigi-lo.

Pediram renúncia, então, o presidente, Carlos Silveira, o vice-presidente, Osmar Marchiotto, e o presidente do Conselho Deliberativo, Teruo Miashiro.

À TV Fronteira, o ex-presidente alegou que a renúncia da diretoria ocorreu devido à “dificuldade financeira de administrar o clube”, motivo pelo qual os membros deixaram os postos em aberto “para que outras pessoas busquem alternativas para tirar o clube dessa situação”.

O ex-presidente também apontou que, para implantar os projetos necessários, levam-se meses e, segundo ele, a “Apea não tem esse dinheiro em caixa”.

O secretário ad hoc da reunião extraordinária do Conselho Deliberativo do clube, Luiz Carlos Meix, que também já foi presidente da Apea, explicou à TV Fronteira que o então conselheiro mais antigo, Aloysio Dias Campos, foi convocado para assumir imediatamente o cargo de presidente do referido órgão.

Ele ficaria responsável por coordenar a assembleia geral, que discutiria o aterramento da piscina e deveria acontecer no dia 14 de junho. Além disso, desde o último dia 17 de junho, quando venceu o mandato da diretoria que renunciou, o presidente do conselho assumiria a presidência do clube e, depois, faria novas eleições.

Por telefone, no entanto, Aloysio Dias Campos, que também já foi presidente da Apea e é sócio há mais de 50 anos, disse que não irá assumir o cargo “por motivos de saúde”.

Sobre a Apea
Fundada em 26 de outubro de 1936, a Apea é o clube mais antigo em atividade em Presidente Prudente. A Prudentina, como é popularmente conhecida, sempre foi um tradicional clube tanto no esporte quanto na área social da cidade.

A Apea foi o palco da chegada do time de futebol à elite do Campeonato Paulista, nos anos de 1960, além dos destaques na natação e no basquete, com nomes como o de Hortência.

 

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