• dom. out 6th, 2024

Aluna com deficiência intelectual não quer mais ir à escola após professora arrancar carteira e gritar, dizem pais

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Adolescente de 13 anos faz acompanhamento médico, toma remédios controlados e tem depressão, segundo a família. Docente foi afastada das funções para apuração dos fatos em Sales Oliveira (SP). Caso também foi registrado na Polícia Civil.

Desde que a professora arrastou a carteira e gritou em sala de aula, a aluna de 13 anos com deficiência intelectual não quer mais ir à escola em Sales Oliveira (SP), afirmam os pais da adolescente.

Segundo eles, que vivem em um sítio no distrito de Cândia, pertencente ao município de Pontal (SP), a menina toma remédios controlados, sofre de depressão e tem acompanhamento médico.

“Eles na escola sabem o relatório da minha menina, então na hora que eu vi aquilo ali como mãe eu estou arrasada,, arrasada mesmo”, afirma a caseira Edinalda Moreira Ferreira, mãe da menina.

O caso ocorreu na última quinta-feira (24) na Escola Estadual Capitão Getúlio Lima. No vídeo (veja acima) gravado por um dos estudantes do 7º ano, a menina de 13 anos aparece reclinada sobre a carteira, enquanto a professora, de pé, parece tentar chamá-la.

A aluna reage e parece haver um toque entre elas. Em seguida, a professora arranca a carteira e grita para que a estudante vá para a diretoria.

O caso repercutiu nas redes sociais, chamando atenção inclusive de pessoas como o apresentador Marcos Mion. A Secretaria de Educação do Estado afastou a professora para apuração dos fatos. Além disso, os pais da menina foram à Polícia Civil registrar um boletim de ocorrência. O g1 não teve acesso ao documento.

Para Edinalda, nada justifica a forma como a filha foi tratada em sala de aula. Ela também questiona uma eventual alegação de que a aluna tenha agredido a professora.

“Isso é um trauma que ela vai carregar, ela não quer mais ir pra escola, ela tem 13 anos, é uma adolescente, isso como mãe dói, porque a gente quer proteção, quer proteger o filho da gente.”
Educação
A Secretaria de Educação do Estado de São Paulo informou que repudia toda e qualquer forma de agressão dentro ou fora do ambiente escolar, que a professora foi afastada da sala de aula e uma apuração foi aberta, podendo ter o contrato cancelado ao fim do processo.

A pasta também comunicou que, assim que soube o que aconteceu, entrou em contato com os pais da aluna para prestar todos os esclarecimentos.

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