• sex. set 20th, 2024

Polícia Civil realiza reconstituição de assassinato de menino de seis anos em Salesópolis

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Caso ocorreu em outubro do ano passado. A mãe, principal suspeita de matar a criança, foi presa no dia do crime, enquanto o pai foi detido nesta segunda-feira.

A Polícia Civil realizou nesta terça-feira (13), em Salesópolis, na Grande São Paulo, a reconstituição da morte de um menino de seis anos. O caso aconteceu em outubro do ano passado e a vítima teria sido morta pela mãe, que foi presa ainda no dia do crime. O pai do menino foi detido na segunda-feira (12), que era tratado como foragido desde dezembro do ano passado.

As equipes se encontraram na manhã desta terça na delegacia de Salesópolis e seguiram até a casa onde o casal morava, no bairro Bracaiá. Na residência, foi refeito o momento em que policiais do Comando de Operações Especiais (COE) encontraram a mãe da criança. De lá, as equipes refizeram o caminho por onde a mulher teria arrastado o filho.

Uma estrada que fica a mais de cinco quilômetros do Centro de Salesópolis é um dos principais pontos de investigação do caso. No local, o pai da criança teria pedido ajuda a testemunhas que ouviram gritos vindo da mata. Horas depois, o menino de seis anos foi encontrado já sem vida, com diversos ferimentos pelo corpo, incluindo perfurações que foram feitas com gravetos.

Esta foi a segunda reconstituição do crime e aconteceu um dia após a prisão do pai da criança. Ele foi localizado na manhã de segunda, em um bairro na capital paulista.

De acordo com o delegado Rubens José Ângelo, que conduz as investigações, essa nova reconstituição foi um pedido da defesa da mãe da criança, Sara Borges da Silva, de 27 anos.

“Essa reconstituição foi uma solicitação judicial, a pedido dos advogados e é de extrema importância pra retratar, tentar reconstruir os fatos, o que aconteceu realmente. Então, traz um papel muito relevante pra investigação e pra instrução processual”, disse o delegado.

Segundo os advogados de Sara, a versão da mãe da vítima foi colhida através de conversas na cadeia feminina de Tremembé, onde ela segue detida desde outubro.

“Quando chegou o caso dela pra nós, ela já estava presa. A gente teve que, no caso, ir conversar com ela no CDP, em Tremembé, pra tentar entender, num primeiro momento, o que foi que aconteceu na visão dela. Naquele momento, ainda bastante atordoada, ainda com um impacto do que aconteceu, até mesmo como envolveu a prisão dela, nós tínhamos uma versão, uma imagem, um lado da história. Hoje, com a reconstituição dos fatos, com a reprodução simulada dos fatos desse crime, é importante pra que a gente consiga elucidar melhor o que aconteceu, entender a dinâmica de como aconteceu as condutas, como aconteceu o crime em si contra a vítima, e confrontar com os depoimentos que até então nós tínhamos em sede de delegacia, com as provas periciais, os laudos periciais, que já foram juntados parte e outros ainda, por conta de pedidos da defesa, e essa reconstituição também é um pedido da defesa, pra que a gente entenda toda essa dinâmica”, explicou Elton Carlos de Oliveira Candido, um dos advogados de defesa de Sara.

“Ela não reconhece o que foi que aconteceu. Num primeiro momento, ela sequer sabia como que o filho morreu, ela perguntava para nós, inclusive. ‘Meu filho morreu?’, ela não acreditava que o filho dela tinha morrido, tinha falecido, como aconteceu isso. Durante as outras semanas que nós visitávamos ela pra ter um melhor esclarecimento, a gente percebia que essa questão psicológica, emocional dela se mantinha. Ou seja, esse abalo emocional se mantinha. E posteriormente, com o depoimento dela, também com o delegado indo colher o depoimento dela lá em Tremembé, demonstrou também uma pessoa bastante atordoada, ainda com lapsos de memória com relação ao que aconteceu. E a reprodução simulada dos fatos, a reconstituição do crime hoje é justamente pra gente aparar essas arestas que ainda restam”, completou o advogado.

A defesa do pai da criança, por outro lado, não quis se pronunciar. A polícia aguarda outros laudos que devem contribuir com o caso, que é investigado pelo Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP) de Mogi das Cruzes.

“Na verdade, o caso está quase findado. Vamos aguardar agora os laudos faltantes, tem alguns laudos periciais que precisam ser concluídos e ser remetidos, inclusive o laudo da própria reconstituição também pra corroborar com o que foi feito, até então, na investigação”, finalizou o delegado.

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