• sex. set 20th, 2024

Oito anos depois, Justiça torna réus funcionários de escola de SP após morte de aluna em excursão

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Eles vão ser julgados por abandono de incapaz. Exames apontaram que Victoria Mafra Natalini morreu por ‘asfixia mecânica, na modalidade de sufocação direta’. MP e Justiça entenderam que dois professores e três gestores fizeram a atividade com baixo número de monitores.

A Justiça tornou réus dois professores e três gestores da escola Waldorf Rudofl Steiner, de São Paulo, por abandono de incapaz no caso da estudante Victoria Mafra Natalini, que desapareceu e foi encontrada morta durante uma excursão escolar em uma fazenda em Itatiba, no interior do estado.

Em 14 de setembro deste ano, o promotor ofereceu a denúncia contra os funcionários da escola. No mesmo dia, o juiz Ezaú Messias dos Santos, do Foro de Itatiba, considerou a acusação plausível para torná-los réus. O processo será digitalizado e as audiências, marcadas.

O juiz também arquivou o inquérito policial com relação ao crime de homicídio sem a identificação do autor da morte. O procedimento poderá ser reaberto se surgirem novas informações.

Em 10 de julho de 2023, o DHPP tinha indiciado os dois professores que estavam com os alunos, na época. A polícia entendeu que eles foram omissos com as obrigações e uma suposta negligência levou a estudante à morte.

O delegado Nilson Lucas Júnior tinha determinado o indiciamento por abandono de incapaz com resultado morte, com pena que varia entre quatro e doze anos de reclusão, se houver condenação.

Relembre o caso

Em 2015, a Victoria e mais cerca de 30 alunos faziam trabalho extracurricular na Fazenda Pereiras, na Rodovia Engenheiro Constância Cinta, em Itatiba, no interior de São Paulo, entre os dias 11 e 18 de setembro.

Antes de desaparecer, a estudante afirmou que iria ao banheiro e teria sido permitida a ida sozinha.

“Ocorre, que, no trajeto, por motivos ainda não esclarecidos, a vítima veio a óbito, tendo o seu corpo sido abandonado em meio a um matagal, em local totalmente ermo”, escreveu o promotor.

Segundo a denúncia, os professores continuaram nas atividades e não foram apurar onde estava a vítima. “Ninguém percebeu a ausência de Victória por horas”, detalhou. Ela foi achada sem vida, depois de uma força-tarefa na região.

O entendimento de abandono de incapaz ocorreu porque, para o promotor, o gestor-executivo, uma gestora pedagógica e a coordenadora do ensino médio permitiram a excursão com baixo número de professores e monitores para o acompanhamento de alunos.

O que apontam os laudos

À época do caso, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Jundiaí apontou morte por causa indeterminada. Segundo o pai dela, João Carlos Siqueira Natalini, a menina era saudável.

Os exames indicaram que Victória não tinha usado drogas nem tomado bebida alcoólica. Ela também não apresentava sinais de violência sexual.

O pai de Victória chegou a contratar peritos particulares para analisar o caso. A conclusão deles foi que a estudante realmente foi assassinada e que o criminoso carregou o corpo da menina até o local.

Com isso, o novo laudo do Centro de Perícias da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo apontou que aluna poderia ter sido assassinada. A reviravolta do caso foi revelada pelo Fantástico.

O documento foi um pedido feito Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de São Paulo (DHPP), que assumiu o caso em março de 2016. Os novos exames concluíram que Victoria morreu por “asfixia mecânica, na modalidade de sufocação direta”.

 

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