• dom. jun 8th, 2025
    0 0
    Read Time:2 Minute, 21 Second

    Certamente você ouviu de algum conhecido que musculação é coisa de jovem!

    Hoje sabemos que a SARCOPENIA (processo natural e progressivo de perda de massa muscular e função muscular que acontece no envelhecimento) é um importante preditor de taxa de mortalidade na população idosa, o que contradiz essa afirmação.

    A SARCOPENIA é a causa mais importante relacionada ao declínio funcional e perda da independência no adulto geriátrico. E quais as causas que levam a sarcopenia? A SARCOPENIA é uma alteração multifatorial está envolvida com alterações hormonais, declínio neurológico, ativação de vias inflamatórias, doenças crônicas, infiltração gordurosa – aumento da gordura corporal, deficiência nutricional, todos esses são fatores que contribuem para a SARCOPENIA.Estima-se que a SARCOPENIA já se inicia à partir dos 40 anos e aos 60 anos já perdemos em média 50% a mais de massa muscular.

    Então vamos lá, um estudo realizado no Brazil na Universidade de São Paulo buscava avaliar os efeitos da sarcopenia, tecido adiposo subcutâneo e da gordura visceral no risco de mortalidade em uma comunidade de adultos idosos, foram reunidos 839 pacientes (62% mulheres e 38% homens) com mais ou 65 anos, para determinar composição corporal desses pacientes foram submetidos a exames de imagem, de laboratório e questionário baseado em dados clínicos. 
    A sarcopenia foi definida como baixa massa muscular em membros inferiores ajustado para a gordura corporal. 

    Seguidos por uma media de 4 anos, 15.7% dos pacientes evoluiu a óbito. Nos homens os fatores como sarcopenia, gordura visceral e índice de massa gorda ambos aumentaram o risco cardiovascular, já nas mulheres a sarcopenia por si só pode ser considerada o maior preditor de todas as causas de óbito bem como doenças cardiovasculares. 

    Então senhores a SARCOPENIA e OBESIDADE é sim problema de idoso e são responsáveis pelo aumento do risco cardiovascular desses pacientes de acordo com as diferenças entre sexo. 

    E então quais seriam as dicas para driblar essas alterações?

    Além do seguimento e acompanhamento multidisciplinar coordenado por um médico que entende do assunto é importante avaliar alimentação e suplementação nutricional, perfil hormonal bem como controle das doenças crônicas. 

    Das dicas de ouro: alimentação saudável e balanceada, refeições ricas em vegetais, legumes e proteínas são necessárias. Além disso manutenção de atividades básicas, mesmo que dentro de casa caminhadas acompanhadas e assistidas são de grande valia uma vez que vão ajudar a movimentar e estimular o funcionamento muscular. Quando possível os exercícios resistidos (musculação) devem ser a escolha desde que bem orientados.

    References:
    [1] Thibault R, Pichard C. Ann Nutr Metab 2012.
    [2] M Zamboni, G Mazzali, E Zoico, et al. International Journal of Obesity 2005.
    [3] Yves Rolland, Adeline Gallini, Christelle Cristini, et al. Am J Clin Nutr 2014. DOI: 10.1136/annrheumdis-2017-eular.2224
    [4] Jeremy D. Walston. Curr Opin Rheumatol. 2012 Nov; 24(6): 623–627. doi: 10.1097/BOR.0b013e328358d59b.

    Happy
    Happy
    0 %
    Sad
    Sad
    0 %
    Excited
    Excited
    0 %
    Sleepy
    Sleepy
    0 %
    Angry
    Angry
    0 %
    Surprise
    Surprise
    0 %