A Caixa Econômica Federal começa a pagar nesta quarta-feira, 30, a chamada extensão do auxílio emergencial, que, a partir de agora, será de R$ 300 ou R$ 600, no caso de mães om filhos. Os pagamentos acontecem até dezembro. No entanto, não são todos os beneficiários que receberão as quatro parcelas adicionais do programa. Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, os pagamentos consideram o mês que os beneficiários começaram a receber o auxílio. “Os 31 milhões de brasileiros, além daqueles do Bolsa Família, que começaram a receber em abril vão receber as quatro parcelas [adicionais]. Quem começou em maio, ou seja, um mês de diferença, receberá três parcelas do auxílio extensão. Quem recebeu e junho duas parcelas e em julho uma parcela”, afirma.
O número de brasileiros que estão recebendo auxílio aumentou para 67,7 milhões. Dados divulgados pela Caixa mostram que nos últimos seis meses o banco recebeu mais ligações buscando informações sobre o pagamento do que em toda a sua história. O gasto do governo com benefício já chega a R$ 254 bilhões e, segundo o presidente da Caixa, sete em cada 10 adultos se cadastraram para receber o benefício. Ao todo, 500 mil pessoas que enfrentaram problemas para receber a ajuda do governo acabaram de ter o cadastro aprovado e, com isso, vão receber o auxílio emergencial ainda com o valor cheio. “Todas as pessoas aprovadas receberão cinco parcelas do auxílio emergencial com os valores Originais”, afirma. Ainda existem, no entanto, quase 300 mil pedidos em análise. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, admite muitas dificuldade, mas acredita que até o fim do ano os cadastros devem ser aprovados.
O novo programa do governo, o Renda Cidadã, que chega com a promessa de ocupar um espaço deixado pelo auxílio emergencial tem causado desgastes para o Palácio do Planalto. O problema é que sinalização dada neste semana é que o Renda Cidadã deverá ser financiado com precatórios e também com valores do Fundeb. O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, afirmou que o governo está atento para as reclamações do mercado, que demonstrou reação negativa ao anúncio. “Essa foi uma solução política apresentada. Agora, cabe a nós mostrar o que significa isso, qual a repercussão dessa medida. O mercado já deu um alerta. Agentes econômicos em geral. Tanto a proposta quanto os sinais emitidos pelo mercado têm de ser levados em consideração no debate daqui em diante”, disse. O presidente Jair Bolsonaro recebe nesta quarta-feira, 30, no Palácio da Alvorada o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, e lideranças da cassa para discutir possíveis mudanças na proposta.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin