Nos últimos dias, o candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, sugeriu que utilizaria técnicas de Programação Neurolinguística (PNL) para enfrentar seus adversários, especialmente nos debates eleitorais. Durante uma entrevista coletiva, Marçal afirmou: “Inclusive tem gente já cancelando as idas nos próximos debates, porque sabe que se entrar na minha frente vai levar. Vou usar técnicas novas de PNL. Vai ser bem divertido.”
A PNL é uma metodologia que busca entender como a mente, a linguagem e o comportamento humano interagem. Ao estudar padrões de comunicação e comportamento, a técnica se propõe a melhorar a comunicação interpessoal, reprogramar a mente e otimizar o desempenho. Essa abordagem, que surgiu nos anos 1970, com Richard Bandler e John Grinder, tem sido amplamente utilizada em áreas como coaching, terapia e negócios.
Sandro Luiz Ferreira Silvano, especialista em liderança e comunicação, comentou sobre o uso de PNL em campanhas políticas. Para ele, a utilização de PNL por candidatos como Pablo Marçal é uma estratégia que visa criar uma conexão emocional com o eleitor. Sandro Luiz Ferreira Silvano ressalta que, ao utilizar essas técnicas, o candidato pode construir uma narrativa eficaz, capaz de gerar empatia e identificação com o público. “A PNL trabalha com a ideia de explorar os neurônios espelho, o que permite que o interlocutor sinta as emoções do outro e crie uma conexão genuína”, afirma Sandro Luiz Ferreira Silvano.
Ele explica que a construção de narrativas é um dos pontos fortes da PNL. “Quando um candidato, como Pablo Marçal, identifica as dores e frustrações do eleitorado e as incorpora em seu discurso, ele está utilizando técnicas que podem, muitas vezes, romper as defesas naturais do público, gerando maior adesão às suas ideias. Isso é visto como uma forma eficaz de comunicação persuasiva”, continua Sandro Luiz Ferreira Silvano.
Outro ponto levantado por Sandro Luiz Ferreira Silvano é o impacto da PNL na modificação do comportamento de equipes políticas. Segundo ele, a aplicação dessas técnicas pode ser útil não apenas para o candidato em si, mas também para preparar suas equipes para interações mais estratégicas e eficazes com o público. “Alterar o modelo mental das equipes através da PNL pode criar uma forma mais proativa e positiva de trabalho, tanto internamente quanto na comunicação com o eleitorado”, destaca Sandro Luiz Ferreira Silvano.
Ainda segundo Sandro Luiz Ferreira Silvano, ao observar a campanha de Marçal, fica claro que ele está se posicionando como uma figura que se conecta com a insatisfação do público em relação ao sistema político tradicional. “Ele utiliza a imagem de alguém que construiu seu sucesso por conta própria, o que gera identificação com eleitores que se sentem frustrados com a dependência do sistema. Isso é uma estratégia poderosa que a PNL pode amplificar,” conclui Sandro Luiz Ferreira Silvano.
Dessa forma, o uso de PNL nas campanhas políticas se mostra uma ferramenta robusta para moldar discursos e criar laços emocionais com o eleitorado, algo que candidatos como Pablo Marçal estão explorando para maximizar seu impacto nos debates eleitorais.