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Polícia Civil instaura inquérito para apurar explosão em fábrica de produtos químicos em Várzea Paulista

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Explosão aconteceu na manhã de quinta-feira (22). Cinco pessoas ficaram feridas, sendo uma delas em estado grave.

A Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as causas da explosão de uma fábrica de resina, que ocorreu na quinta-feira (22) e deixou cinco feridos, em Várzea Paulista (SP). A informação foi divulgada nesta segunda-feira (26).

De acordo com a Polícia Civil, a investigação também irá apontar se a empresa estava funcionando regularmente. Na noite de quinta-feira (22), o Corpo de Bombeiros de Jundiaí (SP) informou que a fábrica não possui o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). O documento atesta se o local tem ou não condições de segurança.

Segundo a corporação, o dono da empresa confirmou que o documento não havia sido emitido e o espaço será fiscalizado pelo Corpo de Bombeiros nas próximas semanas.

A prefeitura foi questionada sobre a documentação e, em nota, disse que a empresa Coldemar Resinas Sintéticas Ltda possui inscrição municipal para atividade de indústria e comércio de colas, tintas e produtos químicos desde 1981. Ainda informou que a inscrição seguiu a legislação vigente à época e atualizações posteriores seguiram “fielmente as exigências ali contidas e assim permaneceram até os dias atuais”.

“Cabe informar ainda que em virtude dos recentes acontecimentos, a Fiscalização do Comércio esteve no local notificando o responsável a apresentar demais documentos que se julgam necessários à manutenção do funcionamento das atividades, permanecendo elas suspensas até a apresentação”, pontua.

Segundo a prefeitura, cinco pessoas ficaram feridas na explosão e foram levadas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

Uma das vítimas precisou ser transferida para o Hospital São Vicente de Paulo, em Jundiaí, em estado grave, após ter 40% do corpo queimado. Em seguida, ela foi levada para o Hospital de Queimados, em Limeira (SP).

Outra vítima teve fratura nos pés e foi levada para um hospital particular de Jundiaí. Os outros três feridos tiveram alta no início da noite de quinta-feira.

‘A casa começou a tremer’
O barulho da explosão assustou diversos moradores que vivem próximos da empresa no bairro Vila Ieire. À TV TEM, eles relataram sentir a casa tremer e também muita fumaça pela rua.

A comerciante Jéssica Silveira, que mora perto da fábrica, contou que o susto foi grande quando ouviu o barulho.

“Quando a gente olhou, deu pra ver uma fumaceira. Só que subiu uma labareda de fogo junto, na hora, e desceu. No que desceu, veio aquela fumaceira preta bem grandona. O susto foi tremendo, porque tremeu janela, a casa”, disse.

Outra moradora afirma que foi para a parte de fora da casa quando ouviu o barulho. “Eu tava fazendo café e a casa começou a tremer, deu aquele estrondo e sai correndo pra fora e vi que era a empresa.”

Nas imagens registradas por uma câmera de segurança de um bairro próximo, é possível ver os moradores assustados com a explosão. Em seguida, quando o fogo sobe, eles correm para a rua e as luzes das labaredas refletem nos muros

Uma operadora de logística, que mora no condomínio ao lado da empresa, tinha acabado de deixar a filha na escola e estava chegando em casa quando tudo ocorreu. Uma peça voou com a força da explosão e atingiu a lateral traseira do carro dela.

“Eu virei para o lado para olhar e estava o vidro do meu carro estilhaçado. Parei pra ter dimensão do que tinha acontecido e vi que tinha uma peça lá dentro do carro. A gente não sabia até o momento o que estava acontecendo, mas o susto foi grande”, contou Cíntia Gomes

Fábrica interditada
A Defesa Civil interditou a fábrica, que ficou totalmente destruída após a explosão. De acordo com a prefeitura, a empresa vai passar por perícia. Os responsáveis e funcionários da instituição não podem voltar às atividades enquanto o local estiver interditado.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a mistura de dois produtos químicos provocou a explosão de uma caldeira que fica no interior da fábrica.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) informou que a água usada no combate ao incêndio ficou restrita à área interna da fábrica e não atingiu as galerias de águas pluviais. Ainda de acordo com a Cetesb, a fábrica está com a licença de operação em dia.

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