• dom. jun 8th, 2025

    Médico Nabil Ghorayeb é condenado por importunação sexual após tentar beijar e colocar mão de vítima sobre genital

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    ‘Você tem cara que gosta de chupar’, disse o cardiologista. Sentença da 11ª Vara Criminal de São Paulo diz que ele passou a mão no corpo da mulher e tentou colocar a mão por baixo de seu vestido.

    A Justiça de São Paulo condenou o médico cardiologista Nabil Ghorayeb por importunação sexual após tentar beijar e colocar mão de vítima sobre seu órgão genital durante uma consulta. A pena aplicada foi de 1 ano e 1 mês em regime aberto, que foi substituída por duas medidas restritivas de direito a serem definidas.

    Em janeiro de 2021, Nabil recebeu a mulher em seu consultório na Zona Sul da capital para que ele realizasse uma consulta online com sua mãe, que estava internada após um ataque cardíaco;
    De acordo com a sentença, o médico passou a elogiar a vítima e pediu que ela abaixasse a máscara de proteção para observar seu rosto;
    A mulher estranhou o comportamento e começou a gravar discretamente com o celular;
    Nabil se levantou e começou a passar a mão no corpo da mulher e tentou colocar a mão por baixo de seu vestido;
    “Como não conseguiu, ele passou a mão nas partes íntimas da vítima por cima da roupa, pegou a mão dela e colocou sobre o seu pênis por cima da calça e disse que ‘ela tinha cara de quem gosta de chupar'”, diz a decisão;
    Nervosa com a importunação sexual, a mulher não conseguiu afastar o médico, tentou mudar de assunto e deixou o consultório.

    José Paulo Camargo Magano, juiz da 11ª Vara Criminal da capital, disse que “diversas testemunhas ouvidas relataram ter sofrido importunações sexuais de idêntico modus operandi, revelando não se tratar, a princípio, do presente caso uma ação isolada do réu”.

    Ainda de acordo com a sentença, entre as testemunhas, havia funcionárias do hospital em que Nabil trabalhava que confirmaram as “investidas dele e que sabiam da sua fama de ‘assediador sexual'”.

    Durante interrogatório, o médico disse as pessoas se reuniram na internet contra ele “talvez por causa de religião” e que não responderia sobre as testemunhas ouvidas, “pois não há correlação com os fatos a ele imputado”.

     

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